TOURADAS

Nunca, desde criança, consegui entender que graça tem as touradas.

Ver aqueles animais agonizando numa arena, sangrando e lutando para não serem mais feridos, enquanto uma horda em fúria grita: olé!

Os toureiros, grandes heróis, porque covardemente matavam seu oponente, o pobre do touro, que não foi perguntado se queria estar no jogo.

Antes das touradas existiam, como aliás até hoje existe, a corrida dos touros em direção a arena, pelas ruas da cidade que abriga tais jogos sangrentos.

Tive o desprazer de chegar à cidade de Arles, no sul da França, num Domingo de tourada e as pessoas se aglomeravam nas ruas a espera da passagem dos infelizes destinados a morte para alegria de tantos outros infelizes que não vêm alegria que não seja através da desgraça alheia. Isso não foi no século passado, foi há menos de quatro meses.

Impressionante a satisfação nos olhos de quem vê o animal passando, encurralado por cavaleiros e amazonas e mais impressionante os olhos de pavor dos touros que nem sabem por que estão ali, mas pressentem o triste infortúnio.

Sei que essa discussão passa por problemas culturais. É muito difícil entender o que culturalmente está distante de você, mas assim como a medicina, tecnologia, educação etc. sofrem adaptações aos novos tempos e progridem, por que não podemos fazer com que determinadas hábitos sejam adaptados também?

Recebi um filme sobre uma nova modalidade de tourada que poderia ser melhor difundida e melhor trabalhada e termos afinal, um novo caminho para as tão famigeradas touradas a moda antiga.

Me digam o que acham.

Nova Modalidade de Touradas

 

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