DISCRIMINAÇÃO

Quero novamente  poder rediscutir a velha contenda sobre preconceito.

Desde que comecei a escrever meu blog, há tantos anos, o assunto mais recorrente é justamente preconceito, discriminação.

Mesmo antes do blog, esse assunto já fazia parte de declarações que fiz em entrevistas. Sou talvez, a atriz que mais discute esse assunto e lá se vão 25 anos desde uma entrevista que dei que assumia minha posição no mundo, sem medo e hipocrisia.

Parece que foi ontem em todos os sentidos. Primeiro que o tempo está disparado mesmo e em segundo porque vejo pouca mudança para o tempo que tivemos para mudar alguma coisa.

Em certos momentos de visão, acho mesmo que regredimos e muito.

Quanto tempo mais ainda vai ser preciso para que a compreensão e respeito ao próximo se faça por completo?

Sim, porque a discriminação é, antes de mais nada, um terrível desacato.

Esse é um tema que podemos estender a diversos assuntos, pois a tudo se aplica.

Se aplica ao descaso desumano com os animais; a ignorância das diferenças sociais e culturais; a desprezível homofobia; o execrável patrulhamento religioso; a falta de compreensão do que significa, realmente Deus e sua magnitude, fazendo com que, muitas vezes, Ele apareça de vilão na voz de papas, aiatolás, pastores, rabinos etc.. Não estou dizendo com isso que não existam sacerdotes que queiram mudar e se desvencilhar do pior que a religião faz, que é justamente a segregação. Pode parecer que sou contra as religiões. Não é assim. Sou contra um Deus que culpa, persegue e castiga, só pelo fato de que esse Deus foi criado pelo homem. Para melhor poder doutrinar. Assim como fazem os políticos que insistem em não dar aos seus povos educação, que é a maior arma de um povo. A única arma da paz.

Deus é muito maior do que a maioria nos faz crer. É dignitário do maior conhecimento, pois foi criador de todo o Universo. É a energia propulsora de toda essa imensa engrenagem e não se atearia a pequenas traduções equivocadas do amor.

Ele foi quem nos deu a capacidade de usufruir desse sentimento. A pena está justamente em quem, baseado em informações disléxicas, esquece que somente a prática absoluta do amor é que nos dará a capacidade real de crescimento. O amor é antes de tudo, um sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem, indiferente da cor, religião seguida, posição social, gênero (animal, vegetal ou humano) e principalmente das escolhas que fazem.

O que fazem os ignorantes que acreditam que suas regras é que construirão um mundo melhor, se a educação dada as suas crianças derrubam absolutamente tudo?

Como fazer um mundo melhor se não conseguimos enxergar os seres vivos pela sua alma?

Por que insistimos em não usar um veiculo como a televisão, que ainda é o maior veículo de penetração de massas, para mudar esses conceitos?

Por que não se tem coragem e honestidade para fazer isso?

Por que deixar que esses padrões, que já provaram infinitas vezes suas ineficácia, continuem valendo?

Como aceitar que o mundo ainda eduque crianças dessa forma? O que serão delas e o que será do mundo?

Qual a sua responsabilidade? Já experimentou alguma mudança concreta ou está confortável na sua posição alienada?

Rio de Janeiro, 07 de dezembro de 2008.

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