Tenho a impressão que já falei sobre minha visita a NASA e a vergonha que sentia de ser anunciado, em menos de um minute, uma queimada na região Norte e Centro Oeste do Brasil.
Era inicio dos anos 90 e fui, como enviada especial a convite da USIA (United States Information Agency) fazer alguns programas para serem veiculados no Globo Ecologia. Tive o orgulho de ter trabalhado durante muito tempo com o Claudinho Savaget, no Gobo Ecologia, mas a essa altura, eu só fazia edições especiais. Essa série contava com entrevistas com presidentes de ONGs como WWF, por exemplo, visitação aos diversos parques ecológicos americanos, como Everglades, Yellowstone etc. e uma visita a NASA para algumas entrevistas com os cientistas que cuidavam dos assuntos diretamente ligados ao meio ambiente.
Não preciso dizer que o que mais atiçou meu interesse, era poder entrar nesse local que habita nossa curiosidade desde a infância. A NASA é responsável pelos maiores devaneios ficcionais de qualquer criança e adulto interessado em ciência. As fantasias que ela provoca com seu mistério e poder de estar sempre onde não podemos, nem se quer imaginar, é fascinante.
Escrevi sobre essa experiência aqui no meu blog, mas foi há mito tempo, acho que lá pelo ano de 2006.
Recebi um crachá, que até hoje guardo, evidentemente, que me dava direito a entrar na NASA apenas naquele dia que estava marcada a entrevista com um cientista especializado em camada de ozônio. Nesse crachá, constavam meu nome, foto, data da permissão de entrada, o departamento em que eu poderia circular e em letras maiores, na parte de baixo, o nome do meu país.
Na entrada, a magnitude das construções do complexo dessa Agencia já nos impressiona e a segurança então, nem se fala. Na verdade, eu queria mesmo era ter visitado também, o departamento da NASA que cuida do espaço, mas fica em outro local, não fazia parte do assunto que me levava à NASA e alem de tudo deve ser dificílimo conseguir permissão para essa visita. Quem sabe um dia…
Entrei num prédio em que o assunto era CAMADA DE OZÔNIO. Ali estão todas as e os cientistas que dedicam seus estudos a esse fenômeno, laboratórios, salas de projeção etc.
A construção é um prédio retangular, onde as salas dos profissionais ficam na parte externa e os laboratórios no centro. Um corredor, de mais ou menos 3 metros de largura e na extensão total do prédio, divide as salas dos laboratórios. Esses laboratórios são uma espécie de aquário, com imensas “janelas” de vidro que podemos observar o que se passa lá dentro. As pessoas se vestem como vemos nos filmes, com aqueles macacões que parecem astronautas e tudo é cercado de muita segurança.
Do lado de fora, no corredor, entre uma janela e outra, nas paredes tem pendurados uma série de monitores que ficam ligados 24 horas, anunciando, onde no mundo está sendo cometido um crime ecológico como, por exemplo, queimadas.
Os monitores são enormes mapas mundi que ficam recebendo informações via satélite do que está acontecendo com a camada de ozônio. A cada ameaça soa um alarme e acendem luzes vermelhas no local onde está acontecendo o desastre.
Fiquei impressionada com a quantidade de vezes em que soava esse alarme por minuto. Eram em espaços de segundos para que acontecesse algum crime ecológico de grande porte.
Adivinhem onde estava o maior número de alarmes dados?
Claro que na região Norte e parte do Centro Oeste do Brasil.
E eu lá, com aquele crachá, com o nome do Brasil escrito bem grande e assistindo aquela falta de cuidado e atenção com o nosso planeta.
Fiquei muito envergonhada mesmo.
Isso já foi há muito tempo, mas vivo me perguntando se mudou muito. Acho que a consciência que hoje temos é outra, que os Ministros do meio ambiente que atuaram nos últimos governos estavam com o firme propósito de mudar isso. Marina Silva tentou com muita dedicação e meu amigo Minc também está se esforçando.
Assisti essa semana, um “Profissão Repórter” (programa da TV Globo), que o assunto era garimpeiros. O rastro de destruição que fica atrás deles é impressionante.
Estou vendo nos noticiários as reclamações do Ministro Minc sobre o que ainda vem acontecendo de crimes contra nosso tesouro ecológico.
O que concretamente vamos fazer para educação de nosso povo para um respeito maior com o nosso planeta?
A NASA disponibilizou no endereço:
uma forma de tomarmos conhecimento do que está acontecendo com nossas geleiras, águas, árvores.
É um site muito interessante e vale a pena uma conferida, pelo menos para repensarmos sobre nossas responsabilidades.
Rio de Janeiro, 06 de outubro de 2008.
Lúcia Veríssimo
Hidradenitis Suppurativa Amoxicillin Replacement For Zoloft cialis 5mg Comprar Cialis Original Online Madrid